segunda-feira, junho 04, 2007

Dormir

Acordar de um sonho
Cair num pesadelo
Durante a noite eternizados como um casal
O resto do dia sentado, fazendo sala para a solidão
Te encontro enquanto sono
Uma vitrine sem preços para comprar o que foi meu
Dizem que tudo volta ao ínicio
Mas eu não lembro mais o caminho
Placas invertidas, me fazem circular numa espiral eterna
Os sentidos anestesiados
Apenas a mente a mentir
Paranóias a me seguir
Fujo de mim
E só quem está de fora percebe o todo
E agora vislumbro tudo
E a vitrine é só uma lembrança
De quando estive dentro
De ti
De mim
De algo mais concreto que a realidade onírica
Que transforma o real em anestesia
O dia-a-dia em desgastada fantasia
Dormir