6.1
Ser feliz. Sorrir. Visão hiper-colorida de um mundo preto e branco. Umbigo. Divertido. Companheira amorosa. Sol iluminando os corações apaixonados.
Desejo à todos o que já tive mas nunca consegui.
Amor.
5.1
Abri os olhos, levantei, no banheiro não aguentei e vomitei. Coloquei para fora toda dor que me consumia, olhei para ela. Bem fundo. Dentro dela. Não me reconheci mergulhado em tanto desamor e ódio. Percebi que preciso vomitar mais, limpeza interna, exorcismo das minha criações. Ou mando os inquilinos marginais da minha alma embora, ou nunca saberei o que é amor de fato... E não posso acreditar que não exista amor, do tipo próprio, dentro de mim.
5.2
É chegada a hora de trocar o disco riscado, não quero mais repetir padrões para cair no fundo do poço como sempre... E agora preciso fechá-lo para construir uma nova moradia e quem sabe viver feliz comigo mesmo.
4.1
Ilusões... não posso mais criá-las, afinal, quem vai me guiar pelos caminhos enevoados da ficção. Ficção-realidade, que dói no peito e seca a garganta, e troca respeito por segurança. E após o épico terminar, percebo não controlar a vontade de atuar. Me torno o que criei, sofro como quem desenhei, em rascunhos borrados por excesso de tinta, sempre acabo enrolando as linhas tortas em volta do meu pescoço. Nunca sobra nenhum pedaço ou estilhaço, só grãos de areia prontos a serem, novamente, mal utilizados.
4.2
Sofrer é aprender, só esqueci o quanto dolorido é entender as lições. Sofrer é queimar a alma, carbonizar os pensamentos incendiando um arritmado coração, para algum dia se encontrar no espelho novamente.