sexta-feira, outubro 22, 2004

Partida, chegada, pontos extremos

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Expressar uma alma em caracteres é estar vivo, em movimento, longe-perto, futuro-passado sem a preocupação de voltar. Talvez com o cuidado de jamais voltar ao mesmo ponto inicial, fazendo o movimento do carrossel vida acontecer, se perdendo para encontrar-se daqui horas, meses, anos ou quem sabe perder o eixo.
Hoje é apenas mais um começo, tendendo para o final, infinito, como nos limites matemáticos. O início do desenvolvimento das percepções de um mundo que morde por dentro sempre latindo, sempre latente, visível dentro dos olhos quando a janela está aberta para o choque de partes opostamente complementares.

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Não é preciso ter uma face, por dentro a miséria humana é sempre a mesma, e a dramaturgia inerente às artérias e coágulos. Cansei da barba para fazer ou dos dentes a escovar, só quero ser vivo, ser a vida que rói esse grande osso chamado de mundo. Por isso os caracteres, meus pregos, cola e saliva acabaram, não posso mais pregar aquele sorriso amarelado em meu rosto, nem o copy-paste funciona.
Hora de deixar o sol entrar iluminando o que o escuro engole sem farelos.

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Seja bem vindo.

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